Em 1915, instalou uma tipografia num velho prédio pequeno, na Rua 30 de Setembro, no centro da cidade, com 41 anos de idade. No ano seguinte, em 1916, fundou o jornal O Nordeste, que existiu até 1934, durou dezoito anos.
Martins de Vasconcelos escrevia poesias, contos e artigos para jornais, sendo que seu conto Histórias do Sertão fez sucesso.
Martins de Vasconcelos foi músico, tocava piston, chegou a mestre de banda de música e musicou peças teatrais em parceria com o professor Eliseu Viana.
Foi sócio-fundador de todas as sociedades culturais e literárias de Mossoró e Natal, ocupando sempre posição de destaque, tais como, sócio do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte e membro da Academia Potiguar de Letras, com sede em Natal.
Em seu jornal O Nordeste, Martins de Vasconcelos foi uma pena combativa, vigorosa, dizendo tudo o que sentia, sem temer a ninguém. Era ligado ao, então jornalista natalense, João Café Filho, que sucedeu Getúlio Vargas na Presidência da República, em 1954.
Em Mossoró Martins de Vasconcelos também ocupou cargos importantes, como:
Promotor Público;
Secretário da Prefeitura de Mossoró;
Agente Fiscal de Impostos de Consumo;
Adjunto de Procurador da República;
Martins de Vasconcelos foi casado com Libânia de
Vasconcelos, de quem ficou viúvo e casou-se em segundas núpcias com Silvia
Freire de Vasconcelos e foi pai de Maria Silvia, Rúbem, Djalma, Selma, Luzia
e Francisco, o Fransquinho Vasconcelos, seu sucessor na Tipografia e
Livraria O Nordeste. Maria Silvia herdou a poesia e o jornalismo do pai.
Martins de Vasconcelos faleceu em 22 de dezembro de
1947 e a cidade inteira estava no seu sepultamento. Anos depois, a
família reuniu sua produção literária e lançou o livro Obras Completas.
Martins de Vasconcelos é patrono de escola em
Mossoró. O menino que chegou de Apodi, a pé, analfabeto, hoje tem
netos e bisnetos graduados em Medicina e Direito, espalhados pelo
país. Em Mossoró, um neto que herdou seu nome, José Martins de Vasconcelos Neto, doutor Vasconcelos, tem clínica de olhos em homenagem ao avô.
Fonte: Jornalista Martins de Vasconcelos - Um Homem de Muitas Letras.
Autoria de Raimundo Nonato e Walter Wanderley. Editora Pongetti,
1974.
Sem comentários:
Enviar um comentário