sexta-feira, 27 de novembro de 2020

ACJUS DE SEDE PRÓPRIA

 

                                      Repórter Zeza Fernandes fazendo a cobertura para a TCM


            Mossoró recebeu no dia 5 de novembro, a sede da ACJUS - Academia de Ciências Jurídicas e 
Sociais - num imóvel recém-construído e que recebeu o título de Palácio Cultural Acadêmico Milton Marques de Medeiros, em homenagem ao humanista, médico, escritor e empresário Milton Marques de Medeiros, já falecido. 
      A sede da ACJUS está localizada na Rua Cleodon Almeida, no Abolição II, sob a presidência do advogado e acadêmico, Wellington Barreto, que encabeçou a construção da sede, que sem sombra de dúvidas, deixa sua marca na história da cultura e literatura potiguar, em plena pandemia, um alto investimento num projeto que trará retorno imaterial.    
      Na noite do evento, falou a acadêmica, Zilene Medeiros, viúva do homenageado, que relembrou a história da ACJUS.
      Houve homenagens de reconhecimento a alguns acadêmicos e profissionais da cidade.     
       


Familiares do homenageado, Milton Marques de Medeiros,  com a acadêmica, Conceição Maciel. 



Zilene Medeiros

                                              Galeria de foto dos imortais da ACJUS




 A professora Delmira e Zilene com o professor e escritor Josafá Inácio da Costa


 A ACJUS bem representada pelas acadêmicas Welma, Franci Dantas, Conceição Maciel e Zilene Medeiros.

                                                                Sede da ACJUS



REFLEXOS DO MEU AVESSO

 


Por Vanda Maria Jacinto

Escritora, autora do livro Rabiscando os caminhos da prosa
E-mail: v.m.j@hotmail.com

 

Enquanto organizava o quarto, colocando em ordem os objetos espalhados no dia anterior, passei rapidamente em frente ao espelho, porém com tempo suficiente para dar uma olhadinha e observar que ainda estava vestida com a roupa que uso para a caminhada diária.

E, como espelho é espelho – algo magnetizante –, não me contive e voltei para dar mais uma espiadinha. Dessa vez, olhei-me demoradamente. Conferi o meu visual só para constatar que estava cada vez mais difícil perder peso. Já sabia! A balança me mantém informada diariamente. Mas sou perseverante, vou continuar a caminhar, mesmo não gostando desse exercício. Eu preciso!

Ajeitei ligeiramente as madeixas já grisalhas, e ia desviando o olhar, na intenção de voltar as atividades, quando, magicamente, o meu reflexo me fez ficar. Descobri que o meu 'arsenal de cosméticos anti-idade' não anda surtindo o efeito desejado. Só para ter absoluta certeza do meu 'descobrimento', aproximei um pouco mais do espelho, até o meu rosto quase colar na sua superfície lisa, refletiva e fria. Não gostei do que vi, principalmente porque as marcas vincadas pareciam verdadeiras crateras. Simplesmente assustadoras.

Diante daquilo que representava a real imagem ficou impossível não me lembrar da rainha – bruxa, na estorinha da Branca de Neve – “Espelho, espelho meu, existe alguém mais bela do que eu?”

Logicamente, que não me atrevi a repetir tal pergunta, de repente podia ouvir algo desagradável e ficar ainda pior. Mas, como sou brasileira e não desisto nunca, dei umas boas gargalhadas, e isso resolveu, temporariamente, o meu problema! Acho.

Entre um afazer e outro, vez por outra, me pegava frente ao meu 'amigo espelho', descobrindo novas marcas do tempo.

Embora tenha sacudido a cabeça, na intenção de espanar para longe as preocupações inerentes ao meu atual estado estético, ainda assim me encontrava indignada. Em consequência disso, fiquei olhando para o meu reflexo no espelho, mesmo que, com a imagem invertida, pensando se a sua função – a do espelho – seria apenas essa mesmo, ou seja, alertar as pessoas vaidosas que o tempo não perde tempo!

Às vezes, quero crer que sim, pois o uso de espelhos pelas mulheres, remonta aproximadamente ao ano de 6000 a.C., sem contar que o uso dos espelhos d’água para refletir imagens é mais antigo ainda, pois desde que o mundo é mundo se sabe do seu uso.

Dizem ainda que os primeiros espelhos eram de cobre, e foram fabricados na Mesopotâmia. A China passou a fabricá-los com bronze; e, só no ano de 77 d.C., passaram a ser confeccionados com vidro e uma lâmina de ouro em um dos seus lados. Com certeza, nessa época o objetivo era atender apenas a vaidade humana. Posteriormente, o ouro foi substituído por outras substâncias, dentre elas o alumínio e a prata, barateando assim o seu custo.

Antigamente, os móveis, de um modo em geral, exibiam um exagero impressionante de espelhos no seu layout. Eram comuns em guarda-roupas, penteadeiras, cristaleiras, porta-chapéus, etc.

Minhas lembranças me reportam ao período da infância, quando, nos dias de chuva, minha mãe corria de um lado para outro cobrindo aquela infinidade de espelhos, pois dizia que atraiam raios.

Bem, se o espelho, em algum tempo, foi apenas mais um acessório da toalete feminina, não sei; mas, hoje, com certeza, se faz uso deles em inúmeras situações.

Na arquitetura, os espelhos são utilizados para valorizar ambientes, bem como ampliar espaços pequenos. Na arte milenar, da decoração e harmonização de ambientes – Feng Shui –, os espelhos se fazem presentes de forma especial; em alguns dos ramos da Física também presenciamos o uso de espelhos; enfim, não pretendo me estender nesse particular.

O que posso afirmar, com certeza, é que o espelho sempre teve um que de especial na minha vida. Fosse por causa dos medos dos raios, ou quando ainda meninota fazendo caras e bocas e rindo de mim mesma ou, depois, quando jovem, me embelezando para a vida. Ou, como hoje, para conferir minhas medidas e, agora, também as rugas.

Mas é para refletir o meu avesso, que mais gosto dele, ou seja, quando procuro nele o meu EU verdadeiro, não apenas a imagem exterior refletida, mas o que sou em essência!

Nada é mais verdadeiro do que a própria imagem refletida no espelho, literalmente.

Quando estiver diante de um, procure ver além do seu reflexo.

sexta-feira, 20 de novembro de 2020

LIVROS NA LOJA TCM

 




A TCM - TV Cabo Mossoró - em parceria com autores locais, dispõe à venda, livros regionais, em sua loja no Partage Shopping. A loja da TCM fica ao lado das lojas Renner. No momento, a loja dispõe dos seguintes livros: Dé Jà Vu Antologia, de Milton Marques de Medeiros;  diversos livros do professor Benedito Vasconcelos Mendes, a biografia de Vingt-un Rosado, de autoria do  historiador Geraldo Maia, Tibau de Todos os Tempos e biografia do Trio Mossoró, de Lúcia Rocha, Ciranda da Rosa, biografia de Rosalba Ciarlini, de Eduardo Colin; Sinal Fechado, de Manuela Souza; Perdão, de Francisco Rodrigues da Costa. Cada exemplar tem preço de R$ 50,00 com exceção da biografia de Rosalba que é R$ 20,00.  


  








segunda-feira, 16 de novembro de 2020

INTERMITENTES

 



Vanda Maria Jacinto

Escritora, autora do livro Rabiscando os caminhos da prosa
E-mail: v.m.j@hotmail.com

 

       Dia desses, numa prosa boa com uma garota – atendente de uma barraca da praia – fiquei curiosa com os seus relatos juvenis. Entre uma conversa e outra, ela tocou no assunto de amizades e, com pesar, relacionou os poucos amigos que tivera até então, nos seus dezessete anos de vida. Contou que, enquanto pequena, os pais viviam se mudando de casa e de bairro, o que dificultava manter amizades. Depois, veio a separação deles, e sua criação passou a ser responsabilidade de uma tia. Cedo começou a trabalhar, e os amigos foram se perdendo ao longo da vida.
         Uma menina! Mas já se prepara, segundo ela, para o casamento – embora o sonho de continuar os estudos e de se formar em Psicologia continuem em foco também.
       Na volta do passeio, vi-me pensando nessa conversa e percebi o quanto nossa vida é intermitente. Por mais que se procure dar uma continuidade aos acontecimentos, ainda assim, muitas vezes, as rupturas acontecem. São intrigantes e, ao mesmo tempo, podem ser imperceptíveis aos olhos comuns.
       Ainda nesse raciocínio, lembrei que também passei por situações parecidas: as mudanças frequentes de habitação – pelo mesmo motivo dela – geravam uma bagunça danada na minha cabeça. Como se não bastasse – ou, quem sabe, habituei-me ao processo – depois de casada também resolvi fazer uma mudança radical na minha vida. Deixei minha cidade natal, meus familiares, e vim morar aqui no Nordeste. Mas essa história já contei. 
       Voltando às intermitências da vida, ou melhor, da minha vida. 
       Num passeio pela história, liguei fatos aos meus passos. Por volta do ano de 1910, as áreas desocupadas da Região Sul, o desenvolvimento nas plantações de café no interior de São Paulo e os próprios incentivos governamentais à imigração estimularam a vinda, em massa, dos europeus para o Brasil, em busca de  condições melhores de vida, aventuraram-se numa nova empreitada.
        Como resquício desse processo, nessa leva, estavam os meus avós paternos, Dolores e Antônio, espanhóis, e minha avó materna, Maria, portuguesa. 
        Do pouco que sei deles, minha avó Dolores aportou lá pelo sul do país. Só depois veio para o interior de São Paulo. 
        Meu avô Antônio já estava lá pelo interior paulista, quando minha avó chegou, de morada. 
        Minha avó Maria, desta sei menos ainda. Apenas que se estabeleceu nesse mesmo interior, onde conheceu meu avô Joaquim – goiano de nascença e tropeiro por opção, até aquela data. 
        Tanto meus avós maternos como paternos trabalhavam como colonos – trabalhadores rurais nas lavouras de café de grandes proprietários. 
        Pouco se sabe das suas histórias de vida. A começar pela mudança natural, quando da saída do país de origem. Sem condições financeiras e diante dos precários meios de comunicação, tudo foi empecilho e favoreceu o rompimento na descendência familiar. Até os seus nomes foram substituídos, ao chegarem por aqui. 
         Quando ainda pequena, meus pais, também de espirito itinerantes, resolveram tentar a vida na capital paulista, o que resultou num outro isolamento familiar, pois, as nossas raízes permaneceram no interior.       
         Quando lá retornei, já tinha completos os meus dezoito anos. Minha avó Dolores havia falecido. Totalmente alheia a tudo e a todos, fui descobrindo tios, primos; enfim, parentes queridos, que nunca os tinha visto. Meu avô Antônio viveu até bem pertinho dos cem anos; mas, quando partiu, estávamos distantes.
         Assim sendo, convivi mais com a família da minha mãe, principalmente a minha avó Maria; mas, mesmo assim, nunca tive a curiosidade de saber acerca de sua vida, de sua vinda de Portugal para o Brasil, sofrimentos e vitórias. Ela era introspectiva. Não dava brecha de conversa com ninguém. Acho que minha missão nessa vida é tirar o atraso dela, nesse quesito. 
         Adoro ouvir e contar causos. Acredito que somos protagonistas da história que vamos desenhando no nosso fazer diário. Embora tenha sido sempre uma 'rascunhadora' de pensamentos, só a partir de certo tempo para cá resolvi registrá-los, e de forma intimista. Pretendo, através da minha modesta prosa, deixar as marcas dos meus tempos. Quem sabe, um dia, minhas descendências futuras tenham a curiosidade de saber um pouco da história familiar. 
         Gosto de ouvir meus filhos comentando fatos da infância, onde os amigos e as brincadeiras são comuns a um universo bem maior do que aquele que tive.
         Adoro quando lembram dos mimos feitos pelos avós e falam na saudade e da falta que fazem. Diferente de mim, que só tenho retalhos das lembranças.
         Por isso que, na medida do possível, tenho deixado meus rastros. Minha escrita é, de alguma forma, um ir e vir, fazer e desfazer – uma intermitência – nos relatos, nos detalhes, nas vidas e situações ali registradas. 
         Se esse tipo de escrita representa uma forma imatura de expressão, já sei que serei eternamente verde, pois não abrirei mão das minhas histórias.

quarta-feira, 11 de novembro de 2020

COISAS DA NOITE


                                                           


                 Neste livro, o autor José Lucas Brito Souza, natural de Quixeré, no Ceará, traz uma pequena coletânea das antigas lendas e 'causos' de assombração da sua cidade. Lendas que eram contadas de forma oral pelos pais e avós a seus filhos e netos.
         O leitor encontrará estórias tais como Lendas do Bairro Pontal; Assombrações no Rio das Cruzes; A estrada mal-assombrada; Batatão: a luz misteriosa ou bola de fogo, dentre muitas outras que mostram toda a riqueza da cultura popular quixereense.
          Contatos com o autor: 88 - 99248.8722.
           Instagram: @lucasbrito631

segunda-feira, 2 de novembro de 2020

ANIVERSÁRIO DA ACJUS

 


        No próximo dia 05 de novembro, a ACJUS - Academia de Ciência Jurídicas e Sociais - estará aniversariando. Completará seis anos de fundação, tempo curto, porém, o suficiente para nossa consolidação e consagração no âmbito local e regional. 
     Para comemoramos, tão significativo acontecimento, apesar dos graves problemas advindos com a infecção mundial, preparamos uma breve, porém, especial programação comemorativa.
      Procedimentos restritos aos acadêmicos e familiares, além do acesso de poucos órgãos de imprensa e amigos. 
      Programação:
      Dia 3 – terça-feira – Presencial - Uso do colar pelos Acadêmicos. 
      Local:  Palácio Cultural Acadêmico Milton Marques de Medeiros. 
       7 h – Hasteamento do Pavilhão Nacional. 
       Obs.: Uso obrigatório de máscara.
       7h15 -Celebração
       8h15– Ato em prol da Fauna e da Flora – em defesa do Pantanal, da Amazônia e dos povos indígenas com o plantio de mudas de árvores. 
        Visita guiada ao Palácio Cultural Acadêmico Milton Marques de Medeiros. 
         Tudo dentro do protocolo de segurança: máscaras, higienização das mãos e calçados, testagem da temperatura e 1,5 metro de distanciamento. 
         Ato de recebimento por doação de livros de autores mossoroenses e regionais, trabalhos literários os quais serão incorporados ao acervo da biblioteca – Acadêmico Sátiro Cavalcanti Dantas. 
         18 h – Início da Sessão Solene Comemorativa em modo virtual.
         
Obs: uso da indumentária completa pelos acadêmicos.
           - Projeto Memória Acadêmica. 
         18h10 – Palavra de abertura dos trabalhos pelo presidente – acadêmico José Wellington Barreto – titular da cadeira 1 - cinco minutos. 
          18h15 - Orações acadêmicas:
           Três temas serão abordados:
           - A Cultura e a Construção do Futuro Acadêmico pelo Acadêmico Charles Lamartine de Souza Freitas - titular da cadeira 50 - vinte minutos.
           - Ruy Barbosa: o Águia de Haia – Acadêmico Francisco Marcos Araújo – titular da cadeira 29 – vinte minutos.
           - A Importância do Coletivo na Construção e consolidação das Entidades Acadêmicas. Oradora vice-presidente da ACJUS – Acadêmica - Taniamá Vieira da Silva Barreto – titular da cadeira 3 – vinte minutos.
           Mediadora: acadêmica Welma Maria Ferreira De Menezes – titular da cadeira 30. 
          19 h – Oração de agradecimento aos palestrantes e participantes que será proferida pelo Acadêmico Antônio Clóvis Vieira, titular da cadeira 19 - quinze minutos. 
          19h15 – Encerramento pelo Presidente – Acadêmico - José Wellington Barreto – titular da cadeira 1 - dez minutos.
           Dia 5 quinta-feira - Presencial Acadêmicos - Indumentária completa.
           
18 h -Sessão Solene do 6º Aniversário da ACJUS – área externa do Palácio Cultural Acadêmico Milton Marques de Medeiros. 
            18h15 - Ato de assinatura de parceria com O Sistema Oeste de Comunicação - TCM HD - Internet fibra óptica. 
            18h30 - Ato em homenagem ao Sistema Oeste de Comunicação TCM CANAL 10 HD, Rádios: FM 95 Mossoró 
             FM 98.3 Apodi
             FM  90,9 Assú e
             Internet Fibra Óptica. 
            18h45 - Ato solene para outorga - entrega - da Medalha Ruy Barbosa aos acadêmicos Petronilo Hemetério Filho –  titular da cadeira 17 e ao acadêmico Josafá Inácio da Costa - titular da cadeira 47.
             Representando os demais segmentos sociais e colaborativos, será agraciada com a medalha Ruy Barbosa a empresária e benfeitora social Cláudia Pedrosa Pinto Leite. 
             19h - A confreira Zilene Conceição Cabral Freire de Medeiros – 2ª – ocupante da cadeira 4 – proferirá oração de saudação especial aos homenageados, num tempo de quinze minutos. 
              Aos homenageados será concedido o tempo de até cinco minutos para os agradecimentos de praxe, caso algum queira se pronunciar. 
              20 h – Encerramento


José Wellington Barreto

Presidente da ACJUS 
Vanda Maria Jacinto – cadeira 38 - Mestra de Cerimônia

            

SINGELA REFLEXÃO.

 


Por Chico Filho.

     Dois de novembro é voltado para homenagens aos que foram, para o mundo dos espíritos.
     Hoje também é um dia que afloram as lembranças e saudades e, consequentemente, a tristeza nos corações. E isso é 
natural, pois somos humanos, frágeis em matéria, porém, não nos deixemos vencer pelo sentimento de morte, a vida é soberana.
       Agradeçamos ao Supremo Criador, DEUS, pelas oportunidades concedidas a 
nós, de termos convivido com pessoas tão importantes.
       É dia de lembrarmos dos calorosos abraços, dos sorrisos, das gargalhadas, das madrugadas de conversas, das reuniões em família, das brincadeiras nas 
rodas de amigos, dos conselhos recebidos, das lições de vida recebidas através de quem não está mais aqui em matéria, mas que continua existindo em espírito.
         A palavra de hoje, deve ser GRATIDÃO.