sexta-feira, 1 de outubro de 2021

O APANHADOR DE HISTÓRIAS E SAUDADES

 


Capa


Por Lúcia Rocha
Instagram: @luciarochaoficiall


           O servidor público, Francisco Canindé da Silva, não é um Silva qualquer.
      Há dois anos, resolveu fazer a diferença na terra natal, Mossoró, aquela que é considerada cidade cultural, pela vastidão de opções artísticas e literárias.  
      Então, nada mais conveniente do Canindé Silva  buscar algo relacionado a esse universo para levar sua mensagem através do livro Antes que a Memória Delete, lançado em 2019.
       Sim, a maneira que Canindé encontrou para fazer a diferença foi através da arte de escrever livros com personagens que influenciaram ou ainda influenciam sua formação ou de gerações anteriores a dele.
       Algumas figuras, a maioria anônima do grande público, 
ajudaram a construir a Mossoró que descortina no horizonte, a cidade que outrora era conhecida como libertária e pioneira, em questões históricas em nível nacional.
       Agora, Canindé Silva surpreende seus leitores com o lançamento de O Apanhador de Histórias e Saudades, pelo selo Sarau das Letras. A obra tem  mais de trezentas páginas, orelhas da escritora Taniamá Barreto e prefácio do pesquisador, historiador e escritor, Geraldo Maia. O projeto gráfico é do talentoso Augusto Paiva, foto bem produzida na capa, de autoria de Francismar Guarim de Oliveira e revisão da poetisa, Anchella Monte.     

      Graduado em Administração de Empresas, pela UERN, Francisco Canindé da Silva é alguém de origem simples, oriundo do maior bairro da cidade, Santo Antônio. É natural que como ainda morador do bairro mais populoso da cidade, conheça pessoas que fizeram por onde merecer, mas que infelizmente, não receberam destaque, homenagens ou reconhecimentos ou um simples nome de rua - com raras exceções - seja por parte do poder público, imprensa ou até mesmo pelos conterrâneos.
       Então, neste livro, Canindé decidiu corrigir o que, não somente para ele, é uma injustiça e foi buscar no fundo da sua memória, quem foram, quem são essas pessoas, para torná-las eternas em uma obra literária ou até mesmo para que essa e as futuras gerações saibam que existiram, que fizeram ou ainda fazem parte da cidade, senão ficarão esquecidas com o passar do tempo.
         Canindé é consciente que as pessoas quando perdem os entes queridos e, no caso dele, não somente tem saudades, mas teme que as mesmas fiquem no esquecimento, então, achou importante relembrar e memorizá-las.
         Fez um apanhado de quem são, pesquisou, entrevistou, montou trinta e cinco mini biografias, a maioria delas, já falecidas.
        Canindé também traz questionamentos de algumas problemáticas, como a questão dos usuários de drogas no entorno do Alto do Louvor, bem como sobre o abandono de prédios públicos, que poderiam ser melhor utilizados pelo poder público, como por exemplo, o ACEU – Associação Cultural e Esportiva Universitária.                  
        Canindé traz uma categoria profissional já extinta, as lavadoras de roupas e chegou a entrevistar uma delas com quase noventa anos de idade, para o livro. Com certeza, a juventude não sabe que houve um tempo em que não havia água encanada na cidade e isso gerava receita para a mão de obra desempregada que atravessava a cidade com trouxas de roupas na cabeça para lavar à beira do rio Mossoró, mais precisamente na barragem do Centro ou nas Barrocas.
       As enchentes também são assuntos resgatados no O Apanhador de Histórias e Saudades.
      Mas, atenção: “Não se encontra neste livro relato de pessoas famosas, de grande influência social, mas de pessoas simples, que ganham importância através das narrações cheias de admiração e amizade de Canindé”, assim, Geraldo Maia tão bem resume a obra no prefácio.
      O Apanhador de Histórias e Saudades será lançado neste domingo, dia 3, a partir das 9 horas, na Escola de Arte, à Avenida Alberto Maranhão, pelo valor de R$ 75,00.
     O mesmo pode ser comercializado pelo Pix ou pelo cartão de crédito de duas vezes.
     O livro recebeu apoio cultural da Três Corações, que produz o Café Santa Clara.   
 


                        

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