Por Ângela Rodrigues Gurgel
Com a autoridade de quem escreve sobre as coisas
conhecidas, ela transforma o cotidiano em relatos e reflexões sobre a vida. Seu
livro acolhe com precisão as coisas do tempo que em alguns textos se confundem
com as coisas da própria vida, matéria e razão da escrita.
Suas crônicas
recolhem, das paredes da memória, as experiências, os afetos, as lembranças e
vicissitudes e transforma na amálgama que constrói o texto, criando uma espécie
de laboratório onde experienciamos nosso próprio viver.
A beleza de sua crônica
consiste na capacidade de 'capturar o miúdo' e nos revelar o essencial naquilo
que seria desimportante diante de um olhar desatento.
Sua perspicaz
sensibilidade consegue, de forma despretensiosa e poética, captar e transformar
um fato comum em um 'acontecimento' interessante.
Sem comentários:
Enviar um comentário